domingo, 18 de julho de 2010

HISTÓRIA / HISTORIO

En E-o!
A história de nosso grupo é curta, intensa e interessante. Por isso, creio que deve ser contada.

Envolvi-me com o Esperanto em 2003, quando ainda morava em São Paulo, capital. Frequentei um semestre do curso promovido gratuitamente pela EASP (Esperanto-Asocio de San Paŭlo), em sala cedida no centro da cidade pela FEESP (Federação Espírita de São Paulo).

Com as professoras Margarida (Lekanto) e Elza Fernandes Pereira, aprendi sobre o ideal de Zamenhof e sua obra-prima de irretocável beleza e funcionalidade: A Língua Internacional. Meus estudos, entretanto, não foram além do semestre e do tempo que me dediquei à leitura do "Esperanto Modelo", de autoria do próprio Zamenhof, e do "Esperanto sem Mestre", do eminente esperantista Francisco Valdomiro Lorenz.

Por eu ter aprendido o básico do idioma, a professora Elza convidou-me para lecionar ao grupo de iniciantes. Entusiasmado e sem ponderar que aquilo significaria não poder dar continuidade aos cursos subsequentes da EASP, aceitei a oferta e acabei por lecionar por dois semestres, ou seja, todo o ano de 2004, durante o qual dediquei-me também a corresponder-me em Esperanto com pessoas de algumas partes do mundo, como Hungria, Polônia e Rússia.

Não tive, por esse motivo, a oportunidade de desenvolver bem a oralidade em Esperanto nem de aprofundar-me como gostaria no entendimento do idioma.

Sei, entretanto, que o tempo dedicado a esse aprendizado, se comparado ao que demanda o estudo de outros idiomas, permitiu-me ir muito além com o Esperanto em seis meses do que seria possível em relação a qualquer outra língua.

De 2005 em diante, vi-me obrigado, por motivos pessoais, a deixar o Esperanto de lado, acreditando, de certa forma, que não voltaria a dedicar-me a ele futuramente, devido à dinâmica que minha vida assumia.

Em janeiro de 2010, contudo, tendo mudado há um ano para Londrina, no estado do Paraná, surgiu-me uma vontade de ligar-me novamente ao movimento esperantista e estudar o Esperanto em uma associação ou grupo sob a orientação de esperantistas bem mais experientes.
Qual não foi minha surpresa ao descobrir que houve um movimento por aqui, mas que de alguma forma minguou-se. Tive contato com pessoas que estudaram o idioma anos atrás, porém hoje não cultivam seu estudo ou prática.
Ao mesmo tempo que procurava esperantistas, surgiu a oportunidade de iniciar um projeto escolar paradidático no Colégio Pontual, de Londrina. Sua proposta era fazer uma pesquisa sobre o idioma criado por Zamenhof, não exatamente aprendê-lo. Durante o primeiro semestre do ano efetivou-se a pesquisa, a qual culminou com uma apresentação artística e a avaliação de uma Banca Examinadora pela qual os alunos do projeto foram sabatinados.
Nesse ínterim, decidi procurar meios para iniciar um curso de Esperanto por aqui, ainda que fosse um aprendiz guiando outros. Nessa trajetória, deparei-me com pessoas bem dispostas à causa esperantista, como Marinei Ferreira Rezende e Astolfo Olegário de Oliveira Filho, que se mobilizaram para encontrar um local que cedesse uma sala a esta causa.
Foi, no entanto, de maneira providencial, que, ao conversar com dois dirigentes espíritas, Eliana Ap. G. M. Fantinati e Sr. Bráz Peres Garcia, encontramos acolhida no espaço do Centro Espírita Anita Borella de Oliveira para que este grupo se materializasse em 19/06/2010. O que muito nos alegra!!
Na preleção inaugural, registrada pelo site de "O Consolador", tivemos o prazer de contar com a presença de cerca de 25 pessoas interessadas na obra de Zamenhof, incluindo o poeta esperantista Sergio Sersank Kojn e seu filho Leon C. Cunha, bem como o também esperantista Wilson Marconi , cujo apoio muito nos motiva a prosseguir nessa empreitada simples, é verdade, como simples começou o Esperanto na ainda existente Bialistoque, cidade natal de Zamenhof.
Gostaríamos de destacar que, tendo tamanha acolhida no meio espírita, ao qual agradecemos nossa própria existência, nosso grupo compromete-se acima de tudo com a fraternidade, sem pretensão sectária ou ideológica. Somos apenas um grupo fraterno voltado ao ensino e aprendizado da Língua Neutra Internacional.
Que o nosso grupo se fortaleça e progrida sempre!!! Estes são os nossos votos...
Sinceramente, Leonardo


Site: O Consolador


Jornal: O Imortal

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